Agrofloresta se torna alternativa ao método de cultivo convencional.

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crédito foto: Antonio Araujo/Mapa

Banana é uma das espécies cultivadas na agrofloresta de Gedilene Lustosa - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Banana é uma das espécies cultivadas na agrofloresta de Gedilene Lustosa – (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito foto de capa: Antonio Araujo/Mapa

Sistema possibilita maior diversidade de espécies em um único canteiro e preserva os mananciais. Produção de alimentos orgânicos, geração de renda, conservação do solo e aumento da biodiversidade são algumas das vantagens do modelo

A crise climática tem provocado debates em diferentes setores em economias do mundo todo. Um dos principais é o de produção de alimentos, no qual existem esforços para garantir itens de qualidade para todos, causando o menor impacto possível ao meio ambiente. Os sistemas agroflorestais (SAFs), caracterizados pela diversidade de culturas em um mesmo canteiro, apresenta-se como uma dessas alternativas ao método convencional.

Saúde e educação

O Coletivo Aroeira adotou a agroecologia como forma de promover saúde mental e educação ambiental. O público-alvo das ações inclui profissionais do sexo, usuários de drogas, pessoas que passaram pelo sistema penitenciário e quem esteve em situação de rua.

No momento, o grupo, fundado em 2018, está em processo de instalação de uma agrofloresta no Parque Ecológico do Riacho Fundo, gerido pelo Instituto Brasília Ambiental, restaurando uma área que estava degradada. “Nosso objetivo é proporcionar diversidade de plantas, de frutas e de ervas medicinais para a população do Riacho Fundo 2. Em 16 de março de 2023, começamos a parte do plantio junto à comunidade, também oferecendo atividades de educação ambiental”, detalha Ana Cavalcanti, psicóloga integrante do coletivo.

A previsão é de que a estrutura tenha mais de 50 espécies, como milho, inhame, abóbora, mandioca, plantas medicinais, espécies frutíferas e nativas do Cerrado. “A vantagem do SAF é que ele nos permite que criemos uma floresta com todos os serviços ecológicos que esse espaço proporciona, como captação de água, limpeza do ar, mais qualidade de vida no solo e para a fauna local — abelhas e outros insetos —, conservação de espécies nativas e criação de um microclima”, elenca.

A psicóloga destaca, ainda, que, fora os benefícios para a comunidade, a educação ambiental, que é imperativo da agricultura agroflorestal, é um elemento central na discussão da crise climática. “Agroecologia sem debate político é apenas apenas jardinagem”, avalia a psicóloga.

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